É denominado Período Joanino uma fase da história
brasileira correspondente, a grosso modo, às primeiras duas décadas do
século XIX, quando, ameaçada por Napoleão, a monarquia portuguesa, cujo
titular era o rei Dom João VI, foi forçada a abandonar a metrópole e
seguir para o Brasil, transferindo para esta então colônia, a
administração de todo o império ultramarino português. Tal momento, de
importância capital para o Brasil, recebe então comumente o nome do
monarca português, pois representa um importante passo rumo à futura
independência, em 1822.
Em 1808, ante à iminente invasão de Napoleão ao território português devido à sua desobediência ao Bloqueio Continental
promovido pela França contra a Inglaterra, e sem condições militares
para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João,
resolveu transferir a corte portuguesa para sua mais importante colônia,
o Brasil. Contou, neste empreendimento, com a ajuda dos aliados
ingleses.
Tal transferência do Estado Português para o Brasil foi fundamental
para que nosso país pudesse encaminhar seu processo de emancipação
política. O primeiro passo nesse sentido foi dado poucos dias após o
desembarque de D. João na Bahia (de onde depois seguiria para o Rio de
Janeiro). Trata-se do decreto (na época denominado carta-régia) de abertura dos portos brasileiros
“a todas as nações amigas” – que na ocasião se resumiam à Inglaterra,
já que até os Estados Unidos mantinham relações preferenciais com a
França Napoleônica. Era, na prática, o fim do Pacto Colonial.
O governo de Dom João VI no Brasil também foi marcado por importantes
obras de infraestrutura. Como o monarca de um reino europeu
necessitasse de ambiente adequado à sua importância, logo se iniciou um
verdadeiro remodelamento da ex colônia, agora sede de um império.
Exemplos não faltam de obras, como a construção de estradas e portos,
e por inúmeras obras públicas. Foi no Período Joanino que foram
fundados o Banco do Brasil, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico, a Casa
da Moeda e a Academia Real Militar. Fruto desse rápido progresso, o rei
D. João acaba por fundar, em 1815, o Reino Unido de Portugal, Brasil e
Algarves, consolidando a ascensão do Brasil de colônia a reino em status
igual ao de Portugal. Quando as cortes, reunidas em Lisboa mais tarde,
estão decididas a fazer retroceder o status do Brasil em meio ao Império
Português, um descontentamento natural se eleva no Brasil, gerando um
dos fatores para a futura independência brasileira.
Os franceses permaneceriam em Portugal durante poucos meses, pois o
exército inglês nesse meio tempo conseguiu derrotar as tropas de
Napoleão. Consequentemente, o povo português passou a exigir o retorno
de seu rei, que ainda se encontrava no Brasil. Em 1820, ocorre a Revolução do Porto,
na qual os revolucionários vitoriosos passam a exigir o retorno de D.
João VI para Portugal e a aprovação de uma Constituição. Com esta
pressão, D. João VI decide finalmente voltar para Portugal em abril de
1821. Em seu lugar, administrando o Brasil, permaneceria seu filho, D.
Pedro I, como príncipe regente, terminando assim o chamado período
joanino na história brasileira.
Bibliografia:
O Periodo Joanino. Disponível em http://www.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/periodo_joanino.aspx. Acesso em: 01 out. 2011.
O Periodo Joanino. Disponível em http://www.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/periodo_joanino.aspx. Acesso em: 01 out. 2011.
Periodo Joanino. Disponível em http://www.historiadetudo.com/periodo-joanino.html. Acesso em: 01 out. 2011.
Periodo Joanino (1808-1821). Disponível em
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/vinda_familia_real.htm.
Acesso em: 01 out. 2011.
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